Agendamento IVDP

Prestação de Serviços

AGENTES ECONÓMICOS

Serviço de Laboratório

O Laboratório está dotado dos mais modernos meios de análise, operado por um corpo técnico convenientemente formado e especializado. Neste laboratório avalia-se o cumprimento dos rigorosos requisitos qualitativos exigidos ao Vinho do Porto, dos quais se destacam os que se prendem com a certificação de Denominação de Origem e a avaliação da segurança como produto alimentar.

O reapetrechamento a nível instrumental que se tem operado nos últimos anos decorre da necessidade de dar resposta pronta e eficiente a um cada vez maior número de solicitações, tanto pelos Operadores do sector quanto pelos mercados internacionais.

O Laboratório do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) encontra-se integrado no Sistema Português da Qualidade, desde 30 de Agosto de 1994, pela Acreditação junto do IPAC (Certificado de Acreditação n.º L0115) de acordo com as disposições contidas no documento NP EN ISO/IEC 17025: 2005 para diversos ensaios, quer em Vinhos licorosos / Vinhos do Porto / Vinhos, quer em Aguardentes.

O Laboratório do IVDP é, pois, pioneiro em Portugal na obtenção de um Certificado de Qualificação, nestes domínios, dentro do sector vitivinícola, designadamente dos vinhos licorosos e aguardentes. Encontra-se disponível para a prestação de serviços analíticos, não só ao sector do Vinho do Porto como também ao sector vitivinícola nacional em geral.

As determinações que se executam sobre vinhos e aguardentes vínicas empregam os métodos oficiais de análise ou, na sua falta, métodos reconhecidos internacionalmente. Dada a especificidade dos vinhos licorosos, diversos métodos de análise foram adaptados e avaliados, constituindo métodos internos.

As determinações analíticas correntemente efetuadas no Serviço de Laboratório encontram-se discriminadas em Tabelas de Preços, em Vinhos e AD’s.

Serviço de Prova

Criação e Funções da Câmara de Provadores

A Câmara de Provadores do Instituto - cuja criação remonta à data de fundação do IVP (1933) - é um órgão colegial integrado e dependente do Serviço de Prova, o qual reporta à Direção de Serviços Técnicos e de Certificação.

Compete-lhe pronunciar-se, do ponto de vista organolético, sobre a qualidade dos Vinhos e Aguardentes que lhe são apresentados. A sua avaliação pode ter diversas finalidades: atribuição da Denominação de Origem 'Vinho do Porto' e sua fiscalização e, ainda, a prestação de serviços aos Operadores do sector.

Seleção e Controlo dos Provadores

Neste momento, o Serviço de Prova é constituído por um chefe de serviço, 7 provadores, um coordenador e um auxiliar de laboratório/enotecário. Os provadores são selecionados pelas suas capacidades sensoriais e, durante um período de quatro meses, são avaliadas a estabilidade, repetibilidade e precisão intermédia dos seus resultados. Para que isto se torne possível, cerca de 10% da globalidade das amostras (apresentadas de forma anónima) que diariamente se encontram em prova, correspondem a repetições.

É pela análise estatística da informação processada que se vão detetar eventuais desvios e/ou pequenas incoerências nas decisões dos provadores, sempre na perspetiva de as corrigir e adequar à realidade dos parâmetros definidos. Quando esses desvios são superiores a 10%, o provador é retirado do júri.

Parâmetros analisados na Prova

Por dia são provadas cerca de 20 amostras.
As amostras são colocadas em prova segundo uma determinada ordem; em primeiro lugar são provados os vinhos brancos seguidos das categorias Ruby, Reserva Ruby, Tawny e Reserva Tawny. Por último são provadas as categorias especiais: Vintage, LBV, Tawny com Indicação de Idade e Colheita, dos vinhos mais novos para os vinhos com mais idade


Todas as amostras são analisadas segundo o método de ensaio MIVP101 – Classificação de características organoléticas em grupos ou classes e escalas nos parâmetros: limpidez (MIVP101 - Anexo 1), cor (MIVP101 - Anexo 2), aroma (MIVP101 - Anexo 3), sabor (MIVP101 - Anexo 4), defeito (MIVP101 - Anexo 5) e notação (MIVP101 - Anexo 6) e nos Vinhos com indicação de idade (Tawny com indicação de idade, Colheita, LBV, e Vintage) além de todos estes parâmetros é também avaliada a idade (MIVP101 - Anexo 7).

A Junta Consultiva e a Junta Consultiva de Aguardentes

O Operador que tenha um vinho reprovado pela Câmara de Provadores, pode recorrer dessa decisão e enviá-lo para análise da Junta Consultiva de Provadores, um órgão de recurso constituído por 7 provadores de reconhecida competência, escolhidos entre os técnicos do sector, nomeados pelo ministro da tutela sob proposta do IVDP.
De igual forma, é admitido ao operador que tenha uma aguardente reprovada pela Câmara de Provadores, o recurso para a Junta Consultiva de Aguardentes para nova apreciação dessa mesma aguardente.

Melhoramentos nas Instalações

As instalações do Serviço de Prova, e mais concretamente a sala de prova, mereceram nos últimos anos importantes trabalhos de remodelação com vista a proporcionar as condições ideais de funcionamento, anulando interferências ambientais. Para isso, foram otimizadas cabinas individuais de prova, dotadas de um terminal informático para que cada um dos provadores faça a introdução dos dados resultantes da apreciação da amostra; foi instalado um sistema de ventilação e condicionamento do ar que gera uma pressão positiva do ar desodorizado - o que evita a entrada de cheiros estranhos - para além de permitir um controlo da temperatura e humidade. A par das remodelações estruturais, foram implementados novos procedimentos de trabalho, os quais tiveram como objetivo aumentar o rigor e a independência da tomada de decisão.

A Acreditação da Câmara de Provadores

Hoje a Câmara de Provadores pode orgulhar-se de ser, em termos mundiais, pioneira na implementação de um processo de Acreditação, tal como é obrigatório, comunitariamente, aos laboratórios de controlo oficial dos géneros alimentícios (Certificado de Acreditação n.º L0235 (Dez de 1999)).

Estão assim reunidas as condições para ser possível desenvolver um trabalho altamente profissional, isento e rigoroso, tomando-se diariamente decisões que, progressivamente, afastarão a subjetividade tradicionalmente associada à prova.

Tipos de prova correntemente efetuados no Serviço Técnico de Prova

Tipos de Prova
Descrição
Prova Simples
  • Verificação sumária das características organolépticas;
  • Quantificação sumária das características
  • Enumeração do defeito(se existir)
Prova Descritiva
  • Relato pormenorizado das características organolépticas através de linguagem adequada;
  • Quantificação em escala;
  • Relato pormenorizado do defeito(se existir), sua caracterização, possível origem, intensidade da percepção.

Prova por Comparação
(Simples, por ensaio triangular, duo - trio, etc.)

  • Provas simples por comparação de amostras;
  • Realização de ensaios especiais de comparação;
Prova por escalas
  • Escalas - tipo:
  • Integração de uma amostra numa escala tipo pré-conhecida
  • Escalas de envelhecimento: Integração de uma amostra numa escala de idade pré - conhecida