Agendamento IVDP

Introdução

Vinhos do Porto

O Vinho do Porto é um vinho licoroso, produzido na Região Demarcada do Douro, sob condições peculiares derivadas de fatores naturais e humanos. O seu processo de elaboração, baseado na tradição, inclui a interrupção de fermentação do mosto pela adição de aguardente de origem vitícola, a lotação de vinhos e o envelhecimento.

O Vinho do Porto distingue-se pelas suas características particulares: um teor alcoólico geralmente compreendido entre 18 %vol. e 22 %vol., uma enorme versatilidade em que se destaca a grande diversidade de cores e de enquadramento ao nível da doçura, assim com uma longa persistência aromática e gustativa na maioria dos vinhos. Existe um conjunto de designações que possibilitam a identificação dos diferentes tipos de Vinho do Porto.

As tonalidades dos diferentes tipos de Vinho do Porto tintos, podem variar entre o retinto e o alourado-claro, sendo possíveis todas as tonalidades intermédias (tinto, tinto-alourado, alourado e alourado-claro). Os Vinhos do Porto brancos apresentam tonalidades diversas (branco-pálido, branco-palha e branco-dourado), intimamente relacionadas com a tecnologia de produção e envelhecimento. Quando envelhecidos em madeira por períodos prolongados, os vinhos brancos adquirem, por fenómenos de oxidação, uma tonalidade semelhante à dos vinhos tintos muito velhos.

Em termos de doçura, o Vinho do Porto pode ser: muito doce, doce, meio-seco, seco ou extra seco. A doçura do vinho constitui uma opção de elaboração, condicionada pelo momento de interrupção da fermentação.

Os Vinhos do Porto podem ser enquadrados em diversos estilos consoante a forma de elaboração e o tipo de envelhecimento.

 

 

Estilo Ruby

São vinhos em que se procura minimizar a evolução da cor e manter o aroma frutado e a estrutura dos vinhos jovens. Neste tipo de vinhos, por ordem crescente de qualidade, inserem-se as designações: “Ruby”, “Ruby Reserva”, “Late Bottled Vintage” (LBV), “Crusted” e “Vintage”. Os vinhos das melhores categorias, principalmente “Vintage”, “Crusted” e “LBV” que não foram filtrados (podem incluir a menção “Unfiltered” nos rótulos), poderão ser mantidos em garrafa mais tempo, adquirindo complexidade com o envelhecimento.


Estilo Tawny

Obtido por lotação de vinhos de grau de maturação variável, conduzida através do envelhecimento em madeira (pipas, tonéis ou balseiros). São vinhos que apresentam evolução ao nível do aspeto visual, devendo integrar-se nas tonalidades: tinto-alourado, alourado ou alourado-claro. Os aromas lembram os frutos secos e especiarias; quanto mais velho é o vinho, mais estas características se acentuam. As categorias existentes são: “Tawny”, “Tawny Reserva”, “Tawny com Indicação de Idade” (10 anos, 20 anos, 30 anos, 40 anos, 50 anos), “Very Very Old” e “Data de Colheita”. São vinhos de lotes de vários anos, exceto os Data de Colheita (vinho de um só ano), que normalmente se assemelham a um Tawny com Indicação de Idade com o mesmo tempo de envelhecimento.

Os Vinhos do Porto enquadrados no "estilo Tawny”, estão prontos para serem consumidos a partir do momento em que são engarrafados e comercializados.


Branco

O Vinho do Porto Branco apresenta-se em vários estilos associados a períodos de envelhecimento mais ou menos prolongados e a diferentes graus de doçura (extra-seco, seco, meio-seco, doce e muito doce ou lágrima) que resultam do modo como é conduzida a elaboração.

Nos Vinhos do Porto brancos, além da doçura, existem igualmente variações na forma de vinificação, que se repercutem no perfil final do vinho. Existem vinhos com aromas florais e frutados mais frescos e outros com um perfil mais tradicional, com aromas de fruta madura e de frutos secos.

O Vinho do Porto “Branco Leve Seco” corresponde a um Vinho do Porto branco seco ou extra -seco que apresenta um título alcoométrico volúmico adquirido mínimo de 16,5 % vol.


Rosé

Vinho de cor rosada obtido por maceração pouco intensa de uvas tintas e em que se limitam os fenómenos de oxidação durante a elaboração e estágio antes do engarrafamento. São vinhos para serem consumidos jovens e que apresentam normalmente exuberância aromática com notas de cereja, framboesa e morango. Na boca são suaves e agradáveis. Devem ser apreciados frescos ou com gelo, podendo ainda ser servidos em diversos cocktails.